domingo, 24 de julho de 2011

Anoitecido



o dia morre órfão de memória, ancorado em velhas promessas
águas de pouco futuro
um marinheiro à espera
e nenhum barco

sem amor sou mais sozinho comigo
a dor do mundo

céu e mar engolem meu norte
o mais profundo de mim
as horas alongam a falta
e o sol escorre dos olhos
no longe em que eu te perdi


Márcio Ares. 2007

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