quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ainda é tempo de alguma flor

Sinto que, longe, depois dos ventos,
Insiste, em suas  mãos,
um pouco de primavera

E espera que reste em mim,
ainda semente, um pouco promessa
O caminho da volta

Vez ou outra me esqueço
Jogado por aí, longe da flor
Um pouco de si

Perde-se o tempo, outro pincel
A morte natural, marrom e cinza
O vitral da espera

E além, muito além, em suas mãos há primavera



Márcio Ares. 2006

Nenhum comentário:

Postar um comentário