Desmancha o castelo dos meus cabelos, oh, mar, penteado de sal
e descansa na orla do meu sol o teu reino.
Constrói o tempo de areia, oh, criança mais grande,
e devolve o barco dos meus sonhos.
Colore a vida de azul
e faze pra mim o teu ir e vir de brinquedo.
Mas vem brincar comigo, de manhã,
que, à tarde, às vezes eu me entristeço
e a noite é um desenredo só
porque eu nunca sei, quando cantas,
se o teu canto é de apreço
ou se ruges de medo, de dor ou de dó
Márcio Ares da Silva maio/2011
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