sábado, 23 de julho de 2011

O mais doído

Veio o anjo, veio Maria, a velha história
vejo como agora, feito a hora da hora
o esposo clamando o distante do humano
os culhões da fé

Vejo memória, o filho chegando
prenúncio de graça, infância, milagre
o sonho do sonho, a soma do estranho
doendo por ser

Depois, o deserto, o incerto, o aceite
e uma dúzia inventando
o motivo da cruz

Vejo como agora
um pai sem saber

Márcio Ares.

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