domingo, 3 de julho de 2011

Tudo porque seria


Não foram roubados de mim os cavalos que se banhavam no meu antigo lugar.
Eles são as memórias da minha irmã, muito sem fim.
Acontece que ela sequer sabe onde ou quando se banhavam esses cavalos.
Muito sei e posso dizer que era no meu riachinho,
o maior de todos, o mais miúdo mar.
Porque eu, menino, sem saber construía,
de cavalos e pedras e memórias além de mim
a razão desses versos ainda por chegar.


Márcio Ares. 2009

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