quarta-feira, 12 de agosto de 2015

QUEM SABE DE REPENTE


pisar em falso, com força,
o nervo ciático da alma
torcer o rosto, o riso,
de esgar e desgosto
dizendo-se mudo
o amor desesperado
para o acaso do alívio
a dúvida, o risco,
de ser amado

Márcio Ares. 2015

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