sábado, 1 de setembro de 2012

DESDE QUANDO


Eu existo em cada lugar dessa mais bela cidade.
Uma certa memória de casa olha, com o meu olhar, os lugares todos da paisagem.
O belo mais belo tem horizonte, minério, o coração da gente.  
E nada é mais urgente quanto o nada mais perto que não se revela,
alguma vida de antes,
resposta que não responde o mais antigo mistério.

Parece-me que o meu olho escolhe o que minha alma sabe viver.
Não se ama um amor covarde, se quando menos posso é que eu mais quero.
E só o que fica no olhar, na mente, no mais longe da serra,
será capaz de mais ser o último instante que se leva.  


Márcio Ares. 2012.

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