domingo, 11 de outubro de 2020

AH, SE ME ADIVINHAM

 

meu barco náufrago não clama resgate

não manda notícias, não requer cuidados

segue, simplesmente, outros tantos barcos

a caminho do nada

quando muito me cansa o desengano

de quando mergulham tão raso

medindo fôlego e planos

nas alegrias muito minhas

até o oceano dessas lágrimas

 

Márcio Ares. 2020.

 

 

6 comentários:

  1. Também me sinto náufraga. Meio sem querer destinos...

    ResponderExcluir
  2. e quem não, não é mesmo????

    Sigamos, pois, que o mar é longo e os ventos nem sempre são favoráveis!!!!

    ResponderExcluir
  3. Gosto muito da sua produção vc já sabe disso, e gosto quando mistura agua e sal nos versos e vai do oceano a lagrima que escorre no rosto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Anônimo que nada é do seu admirador nada secreto Marcelo, grande abraço, produza cada vez mais desses versos de fogo.

      Excluir
    2. Oh, só hoje vi que era você.

      Postei um novo, hoje.

      Súplica.

      Acho que vai gostar.

      Valeu!!!!

      Excluir
    3. Sal e Água

      O que nós liga é o mar
      A alegria de poder flutuar
      Saber surfar e não naufragar

      Tem dias que o mar não está para peixe,
      Ou o peixe não está para o mar
      Nesses dias o horizonte se perde
      Tudo se escurece

      Tempestade traz o gosto salgado da despedida
      De tanto amar o mar
      Tudo tende a se acalmar

      Quando te encontrar
      Ainda vou te amar
      Mesmo que seja além-mar
      Somos iguais dentro do mar

      Excluir