quando as flores murchas à beira do caminho
e os bichinhos de pelúcia, largados no quintal,
forem o mínimo cuidado com as coisas de não esquecer.
Você terá, para amanhecer seu desencantamento,
pouco do meu sol,
o vazio dos meus olhos
e um querer mais que violento.
Rasga, na costura, o tempo ao longo da estrada
e procura no bolso, ainda quase encantado, aquele mais de dentro,
o momento mais intenso,
a hora mais colorida,
a vida mais acontecendo
e um velho sorriso de poeta
desencontrado.
Márcio Ares. 2011.
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