Mãe
tem um jeito bonito de catar feijão!
É que meu pai xinga, sem dentes,
a pedra no meio dos grãos.
Ela refoga na gordura de porco e
no alho cheiroso da horta
amassado igual o pão de Maria
esperando José pra jantar.
Fica bonito o amor em minha mãe.
A alegria das mãos faz o tempero
da alma.
E eu fico até com fome de
saudade.
Márcio
Ares. 2016
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