Minha mãe teve ninhada de filhos
e muito sono que não podia dormir.
O arroz socado no pilão, o café torrado de madrugada, as marmitas para muito peão
tornavam a noite um quase nada.
Era um tempo de não existir
senão pela sua ninhada.
Eu, que cheguei mais tarde,
não tive nada com isso.
Sei só o carinho daquelas mãos cansadas.
Márcio Ares. 2009.
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