não se reconhece, como antigamente, o curso de cada coisa
o amor não se alcança mais e todo encanto é sem merecer
volto em verso ao meio dos amores idos
sem a pressa que tínhamos, sagrada e livre, de sempre estar a caminho
descobrindo que o sonho tem prumo, altura, paladar
e segue a esmo pelas vontades, sem jamais se perder
o coração da mente bombeando saudade, brindando ao que não se diz
tomando o pulso da vida, a pressão do amor, a veia artéria do ser
nas paredes da escuridão de agora, fortaleza futura
sobre tudo o que não pode ser
Márcio Ares. 2006
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