Dói navegar os opostos
o longe infinito vagando sem cor
no extremo da costa
Dói velejar outra sorte
o amor sem farol indagando porquê
no escuro mais forte
Dói bruto o aceno do longe
o barco à deriva chorando ao saber
mais longe a resposta
Dói o naufrágio da graça
a busca outra vez mergulhando a querer
agora o que basta
Dói o ainda perdido e casto
o nunca saber rumando o silêncio
desse mesmo barco
Márcio Ares. 2006
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