Eu quero escrever um poema de inverno
enquanto as folhas mudam de cor e caem serenamente.
O tronco, ficando nu, parece grávido de promessas.
Só depois de outra estação haverá poesia.
O frio das horas cala o que foi a mais humilde das sementes
e as palavras são ainda de outono, o tempo sem fim.
Meus versos são brancos, agora ainda mais que sempre
e só um poema saberia as dores de mim.
Márcio Ares. 2009
enquanto as folhas mudam de cor e caem serenamente.
O tronco, ficando nu, parece grávido de promessas.
Só depois de outra estação haverá poesia.
O frio das horas cala o que foi a mais humilde das sementes
e as palavras são ainda de outono, o tempo sem fim.
Meus versos são brancos, agora ainda mais que sempre
e só um poema saberia as dores de mim.
Márcio Ares. 2009
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