Sinto que, longe, depois dos ventos,
Insiste, em suas mãos,
um pouco de primavera
E espera que reste em mim,
ainda semente, um pouco promessa
O caminho da volta
Vez ou outra me esqueço
Jogado por aí, longe da flor
Um pouco de si
Perde-se o tempo, outro pincel
A morte natural, marrom e cinza
O vitral da espera
E além, muito além, em suas mãos há primavera
Márcio Ares. 2006
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