Entardece a minha coragem a incerteza de não trazer comigo a poesia noroeste dos Buritis.
Longas veredas atravesso em busca do velho caminho, a criança que eu desaprendi.
Homem desfeito de longes nunca soube os ondes do fim.
E vou ficando de noite, ausente dos Buritis de um dia,
desencontrado de mim.
As terras de eu não ser pequeno ficaram onde mais grande se faz o caminho.
No vão da encruzilhada o tempo fez suas marcas e em vão perdeu-se aquele destino.
Só agora, em que a direção busca o longe dos olhos,
com o mínimo deste verso reaprendo, nos olhos daquele menino,
esse amor esquecido.
Márcio Ares. 2009.
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