A dor tem desertos quando fere o poeta
os cravos o elegem nos passos do justo.
Nenhum porto é chegada, o mundo é naufrágio
Os pães sem o peixe, o ar sem pulmões,
a contramão de Cristo.
Trinta e tais anos de angústia, o gérmen do abandono,
o verso oásis, a escuridão do amor.
Crente, o poeta reinventa o templo
reconstrói no exemplo a dor do mundo.
Márcio Ares. 2005
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