Os olhos passaram do azul para o medo
encalhados na ressaca, no lusco-fusco de ser
brisa tomada ao mar
Mostrou-se o tempo do longe
a aprendizagem do seco, ancorada no cais,
sem garantias de céu
Então, navegante da noite, veio Deus
para a névoa do mistério, a distância encoberta
de muitos anos atrás
Agora, perdidas minhas guelras
naufrago no ancestral desejo
ser além das águas
saber este barco a terra
Márcio Ares. 2006
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