Quando morro é de alegria do não silêncio em mim
Por não saber calar eu morro ao fim do dia
Vontade absurda de verso, palavra sem fim
E ao fim um gosto de adeus, rio nos olhos, o dito amor
O sonho que fui, marcas do amargo, faz triste o que sou
Amigo distante, amante difícil, triste homem cansado
Afasto a voz iniciada, destino de quem sabe dor
Coração covarde, tão repente e certa a falta
Eu me calo e morro de amor
Márcio Ares. 2006
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