Esquece no meu corpo o teu corpo anunciado, semente de asas,
Deixa teu amor prenunciando em mim, prudente crisálida, o rumo do céu
e repousa até a grande hora
Desperta amante deixando meus lençóis, tronco sem futuro, sem fruto e sem cor
Toma o dia que se estende, múltipla vida, no verde dessa grama, no desafio do vento
e conforta o medo no calor do solo
Segue o rastro da memória e torna ao galho, meu corpo frágil,
E colore meus olhos com olhos de amor
E colore meus olhos com olhos de amor
Pousa teu destino junto a minha velhice, tua velha casa
Márcio Ares, 2007.
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