nasceu do ventre de uma puta
puta que pariu esse amargo
rastro de fumo e cachaça
cheiro de merda escarrada
nas fuças de um porco amor
nasceu do ventre de uma puta
puta que se abriu pra esse macho
mastro de lume e desgraça
feito de festa acabada
nas grutas de um coito invasor
nasceu do ventre de uma puta
nasceu do centro das culpas
nasceu no escuro da porra
filho da puta que sou
puto que me fizeram
feito o puto que eu me sei
feito o puto que eu me sei
desse orgulho me desfruto
o mesmo fruto que eu herdei
Márcio Ares. 2008.
Márcio,
ResponderExcluirVim, li e gostei: dica de quem entende do riscado, Maria Paula Alvim...
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
Eh eh eh.
ResponderExcluirVocês são um encanto. Obrigado!
Beijo na alma,
Márcio Ares.
Até que enfim li um palavrão saído desse nobre culto...rsrsrs
ResponderExcluirperfeito, como tudo que escreve e diz.
Parabéns e sucesso.
Deus abençoe.
Oi Márcio Ares..poeta dos novos tempos.
ResponderExcluirAmo seu trabalho.
Abraços,
Cleide