Um
dia fico louco de jogar pedra
na
menina do olho
e
visito, cego, as muralhas da China
leio,
em braille, o libertas da bandeira
que
tarda ainda
e
dou tiro a esmo
nas
Coréias, de baixo e de cima
Um
dia fico solto de morder de raiva
e
pastoreio o povo
de
volta aos três barcos
pra
nunca mais mundo novo
e
os vermelhos que se lasquem
e
a coroa que me poupe
um
quinto que ainda pago
de
revolta e corda no pescoço
Um
dia fico mais morto
se
me trouxerem da África
porque
longe de meu povo
desgosto,
tristeza e asco
vermelho
como os vermelhos que matam
terra
à vista para a minha espada
independência
que fique, ou que fosse
mais
respeito com a minha pátria
Um
dia. Ah, um dia.
Márcio
Ares. 2012.
Olá Márcio, da sua recepção e cortesia no Tertúlia, venho conhecer seu espaço, porque não, seus ares...
ResponderExcluirnum encontro poético, me emociono
lindo poema, perspicaz... pra ser lido mais vezes
estou seguindo, porque UM DIA DESSES volto...
abraço carinhoso
Que esse dia nunca chegue... pois, se ele chega, o que será de cada um dos sonhos todos?
ResponderExcluir*Acertou na parte da amizade com a Bianca Mendes, cara... espero que possamos prosear mais vezes.
abraço grande e feliz final de semana aí.