A
liberdade cumpre pena no meu peito
e
lá de fora vem o risco da claridade.
Não
tem nome esse jeito de viver sem asas.
Não
há sujeito que insatisfeito não mate,
ou
que pense e não fale
que
não exista bravo
ou
não esteja preso
ou
não esteja outro
exilado,
morto.
Aquele
tempo retumba no meu tempo, hoje,
e
a minha culpa é quando a ele não me igualo.
Não
tem hino, ideal, horror, bandeira,
não
tem povo
que
silencie o gosto de um futuro inteiro.
Agora,
que essa coisa desarmada me chega
eu
me rendo em homenagens, nesse verso feito,
e
aos poetas de ontem, que ainda hoje contam,
reinvento
a coragem de ser brasileiro.
Márcio
Ares.
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