Falar
com pai tem o peso do mundo, o risco do não, a força do braço.
Dizer
à mãe é conforto, é leveza de alma, é peso nenhum.
Calar-se
é caminho sem rumo, angústia no peito, dor demais guardada.
E
quantas vezes, feito faca, feito coisa ruim, a palavra nos sufoca!?
Diz,
quem nunca sofreu calado, sem saber o que dizer, feito agora!?
Diz,
quem nunca se viu na linha do corte, sem certeza de nada!?
Diz,
quem nunca jogou pedra, mesmo sabendo o mais sem jeito, o pior das horas!?
Diz,
quem nunca amargou algum pedaço de estrada, um susto, um medo,
um
não ter pra quem dizer, como dizer, qual a melhor forma...
Ah,
meu pai! Ah, minha mãe!
Márcio
Ares. 2012.
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