Roubaram
de mim o direito de não ter cárie, o direito de ter dentes,
braço
forte, sol de liberdade
e
uma pátria que não me condene.
Roubaram
a infância das minhas horas de ser só menino.
Roubaram
os livros da minha mãe e um pedaço do meu saber, como consequência.
Roubaram-me
a vez de entender o perigo,
a
escola que me daria o caminho
e
a crença de não ser pequeno.
Roubaram
minha alegria na esquina da vida
e
a direção do meu discernimento.
Roubaram,
ainda, mais e mais, até sempre,
o
instante da minha revanche
e
a minha chance de entender o crime.
Márcio
Ares. 2012.
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