Apressou
o passo, antes do encontro fatal.
Segurou
fôlego, apurou olhos e ouvidos, buscou direção.
Atravessou
vontades e delas retirou asas.
Planou
com a leveza daqueles que vigiam, feito coturnos insones.
Pensou
estratégias, cenário de atuação, outros mínimos detalhes.
Silenciou
seus medos, quaisquer outros alheios sentimentos.
E,
com foco nos pontos sensíveis, enquadrou o alvo.
Sentiu
no peito o peso da arma, a palavra contra o coração em guerra.
Com
a precisão incerta dos abandonados, pisou o chão da verdade.
Disparou
te amo.
No
tiro pela culatra, um amor alvejado de não.
Márcio
Ares. 2012.
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