Dói-me
tanto morrer que eu nem vivo
Sou
puro horror e motivos
O
mais óbvio desatino
O
imprevisto por acontecer
Um
homem triste de dar dó
Um
descrente menino
Nenhuma
alegria me comove
O
dia tarda um longo e incerto caminho
Até
a noite mais longa e menos certa
De
sombras e arrependimentos
Porque
hoje, igualzinho a ontem,
Não
fui capaz de entardecer com as horas do tempo
E
envelheci muito antes
Como
faço, desde sempre
Márcio
Ares. 2012.
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