Não ama demais quem ama o pai, eu sei.
Mas o silêncio de Deus cala a minha fé, diz coisas que eu não
sei, faz gritar meus medos.
A noite que parte na manhã nascente é desejo, a palavra que
falta no escuro da mente.
Tirai de mim, eu vos peço, a reticente vontade que há muito
me condena.
Que eu desaprenda a infeliz orfandade da certeza contra o
nada.
A vida seja de novo um divino presente.
Márcio Ares. 2016
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