de repente o susto de um tempo que festeja
e essa tristeza chegante traz nos ventos de algum velho
agosto
um jeito de amar que não terminou
a poesia da primavera ainda mansamente
sabe o risco iminente da raivosa tempestade
o horror que sente o que se quer distante
a força bruta de um galope contra o destino avança
e ecoa em desvario por repentinos sentimentos
o medo inquieto de um amor reinante
que nega ao inverno a mais eterna ilusão
e a força dos cascos é esse querer mais perto
o músculo pulsante no tempo da espera
o amor que atropela os repentes do espanto
Márcio Ares. 2016
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