não, não esperei, à janela, pelo meu amor
nem ele chegou à minha porta de cadeados metálicos, madeira
de lei e batentes fortes
nunca atendi à visita inesperada, ao sorriso mágico, ao olhar
do acaso
fiquei fechado em mim mesmo, na solidão desta casa
sem esperar, jamais, que você chegasse, que você viesse, que
você ficasse
e me dissesse o norte da estrada
não, eu não esperei pelo meu amor
e essas minhas portas de muitas grades
serão, sempre, o meu escudo habitual
a razão e a dor do meu fracasso
Márcio Ares. 2015
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