Não é possível que só eu me incomode com essa coisa infinita.
Então, ninguém escuta, no meio da noite, os meus gritos?
Onde, porventura, estará aquele que sabe da vida
mais que o fantasma que me ergue o braço, e cospe no meu rosto,
a verdade que nunca se disse, palavra sem boca,
o lugar de onde todos vieram, igual e antes de tudo que existe?
Por piedade, aventure-se um homem que saiba
e tire da minha alma essa coisa ainda sem nome, a escuridão do medo,
plantada, crescida, enraizada por alguma lei, muito dentro de mim,
de tudo que se cala e que eu também não sei.
Márcio Ares. 2011.
evoé tertuliano !!!!
ResponderExcluirEssa coisa sem nome, às vezes, parece até uma distância, mas se não houver um homem que saiba como contê-la, haverá, ao menos, um que saiba como nos estender a mão e as palavras.
ResponderExcluirMuito bacana o seu blog :)
Estou feliz por ter chegado aqui!
beijo
Lelena
Vi, na coluna ao lado, que você gosta do Saramago. O filme José e Pilar já está no mercado e em algumas locadoras.
ResponderExcluirSe não viu, veja, que é muito especial.
beijo
Obrigado pela visita.
ResponderExcluirVou verificar, irmão.
Abraço
Márcio Ares.
Sou leitora assídua do Tertúlia, te encontrei lá e gostei muito da tua poesia. É tão boa quanto as demais que compoem o blog.
ResponderExcluirParabéns!
Deixando meu endereço caso queira visitar-me, não sou poetisa, apenas escrevo para alegrar o meu dia, rsrsr
http://emanacoesdosilencio.blogspot.com/
Oi Marcio...
ResponderExcluirBacana sua arte de poetar. Amei teu poema@
O Wilson te indicou..vou ficar por aqui porque gostei muito!!
Um abraço,
Bom dia! Atravessado de faltas com aqueles que me dedicaram atenção e carinho, tento recompor-me, de alma e coração.
ExcluirVocê, pedagoga que é, além de artista, há de gostar de uma história: minha mãe foi quem me ensinou a ler. Era um interior, quase Goiás, início dos anos 70. Nunca dei por isso, até ter que contra, pra minha mãe, o que se dizia na tela do cinema. Ela é analfabeta; nunca foi à escola e até hoje não sabe ler (só palavras, depois de juntar as letrinhas). E só mais tarde, quando li Jacques Ranciere, "O Mestre Ignorante", soube porque isso fora possível; porque ele fala do que é mais importante do que o conhecimento, propriamente dito.
Obrigado pela visita.
Obrigado pela visita e pelas palavras que acabam me deixando maior poeta do que ainda sou. Como tenho insistido em dizer, vocês me deixam mais bonito. Compensa o esforço, além da graça, de se fazer poesia.
ResponderExcluirBeijo na alma,
Márcio Ares.
Márcio!
ResponderExcluirEsse sentimento que você poetizou de forma tão linda, me é peculiar e acredito que a todos. Mas minha sensação é de saudade de algum lufar que estive, uma coisa que nem eu sei explicar.
Belo post!
Beijos
Mirze
Bom dia! Atravessado de faltas com aqueles que me dedicaram atenção e carinho, tento recompor-me, de alma e coração. Esteja bem!!!!
ExcluirA tal coisa sem nome...acho tão lindo quando não se deixa nomear e vira poesia!
ResponderExcluirParabéns pela entrada na Tertúlia! Agora te encontraremos por lá também!
Beijão!
Alguns muitos anos depois, colho seu carinho com um texto meu. Que delícia. Obrigado. Beijo na alma.
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