quando escrevo é puro silêncio
a não palavra, o risco, o desaviso
o pleno desentendimento
mas quando o poeta, não mais de repente,
fala as coisas todas cá de dentro
na língua-fronteira-inventamento
como quem diz a razão-raiz
de todos os tempos
o que eu escrevo ama, silente,
o maior amor
a dor-alegramento
Márcio Ares. 2015.
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