Era uma noite de suor trêmulo. Pedia-se perdão.
Com um jeito menino mais bonito
encostava-lhe a cabeça no peito
e todo o amor se podia.
Devagar, o medo de alguma inquieta escuridão
alcançava o chão da sala, o quarto nu,
os poros silenciosos se encharcando
até o medo da traição.
Os nervos sabendo o incerto, o âmago, o desespero
e duas vidas sempre tão perto
doíam em dois a inquietação.
Com amor pode-se tudo, inteiro
para entender bem a razão que pode ser
ou bem pode ser que não.
Márcio Ares. 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário