Alguém que me tire do sério, por acaso é visto
a romper as grades de tudo que não serve ao riso
e a sorrir comigo sem nenhum mistério?
Alguém que acorde comigo, qualquer dia,
depois de me amar sem dizer se volta,
mais parece covardia, ou o descaminho da sorte?
Alguém que exista, mais leve, o inexato rumo das horas,
terá algum Deus encoberto, na fé que me falta, agora,
ou terá entendido que amar é um risco vão que se atreve
a existir feito pra morte?
Márcio Ares. 2011
tudo é feito pra acabar...e ainda assim, em sua efemeridade, a vida é tão linda...
ResponderExcluirBonito esse poema, Marcio!
um abraço pra ti!